sexta-feira, 17 de maio de 2013

Energia

Instituto do Observatório Social
Construtora pede mais R$ 1 bi por Belo Monte

As dificuldades diárias enfrentadas na construção da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, extrapolaram os limites de seus canteiros de obra e chegaram à mesa de negociação de seus empreendedores. Agora, a tensão se instalou entre o Consórcio Construtor de Belo Monte (CCBM), que reúne o grupo de empreiteiras responsáveis por tocar as obras da usina, e o dono do empreendimento, o consórcio Norte Energia. Desde o fim do ano passado, apurou o Valor, o CCBM tenta negociar um termo aditivo ao contrato que assinou com a Norte Energia. Seis meses de discussões se passaram, mas o acordo não avançou. O CCBM cobra uma fatura extra de aproximadamente R$ 1 bilhão da Norte Energia. Esse seria o primeiro aditivo do contrato, que foi fechado em R$ 13,8 bilhões.

A reportagem é de André Borges e publicada pelo jornal Valor, 15-05-2013.

O CCBM é liderado pela construtora Andrade Gutierrez, seguida pela Odebrecht e Camargo Corrêa, além de outras sete empreiteiras com participações menores. Do outro lado da mesa está a estatal Eletrobras, que detém 49% da estatal Norte Energia, seguida por representantes dos fundos de pensão Petros e Funcef, com uma fatia de 10% cada um. O consórcio também tem participação da Neoenergia, Amazônia (Cemig e Light) e Vale, entre outros sócios minoritários.

Procurado pelo Valor, o CCBM não comenta o assunto. A Norte Energia informou, por meio de nota, que “não se manifestará neste momento sobre quaisquer negociações contratuais com seus fornecedores.”

A pressão tende a aumentar. As reivindicações feitas pelas empreiteiras se baseiam, basicamente, nos custos extras que passaram a ter por conta da onda de paralisações enfrentada em quase dois anos de obra, além das concessões sobre benefícios e salários feitas pelo CCBM em acordos trabalhistas. Ao todo, Belo Monte soma 90 dias de paralisações. As estimativas apontam que, para cada dia parado na usina, o custo adicional é de aproximadamente R$ 10 milhões para os construtores.

Na esfera trabalhista, um dos acordos com os sindicatos que mais puxaram os gastos foi a alteração de prazo da “baixada” dos funcionários. Inicialmente, a cada seis meses, cada empregado tinha direito de passar uma semana em casa. Desde o ano passado, porém, esse prazo foi reduzido para três meses. Além disso, não se trata apenas de dispensar o funcionário. A empresa tem de se responsabilizar pelos custos de transporte, seja de ônibus ou avião. Paralelamente, no entanto, ela tem de manter à risca o cronograma de execução da obra, ou seja, precisa contratar mais funcionários para garantir que o trabalho seja cumprido. Hoje Belo Monte tem 23 mil trabalhadores, número que saltará para 28 mil até outubro, mas que tem possibilidades de chegar a até 30 mil pessoas.

O maior interessado em executar a obra dentro do cronograma é o CCBM, já que seu pagamento só é feito de acordo com a entrega de serviços, isto é, a cada etapa de trabalho concluída, a Norte Energia entra em campo, faz a medição do trabalho e paga por aquela parcela que foi executada. Como chove muito na região amazônica entre os meses de novembro e abril, a execução dos serviços pelas empreiteiras cai drasticamente e, com ela, os valores que entram nos seus caixas.

Às avessas, Belo Monte repete a história vivida na construção da hidrelétrica de Jirau, que está sendo erguida no rio Madeira, em Porto Velho (RO). Neste caso, porém, as negociações financeiras entre a construtora Camargo Corrêa e o consórcio Energia Sustentável do Brasil (ESBR) foram parar na Justiça, por conta dos desentendimentos sobre quem, afinal, deveria bancar os prejuízos causados pelos atos de vandalismo que, por mais de uma vez, colocaram abaixo os alojamentos da usina.

Com 11,2 mil megawatts (MW) de capacidade instalada e valor total estimado em R$ 28,9 bilhões, Belo Monte é responsável por 33% da expansão de capacidade de energia planejada para o país entre 2015 e 2019. A primeira das 24 turbinas da usina está prevista para iniciar operação em fevereiro de 2015 e a última, em janeiro de 2019.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Energia

Canal Energia
Estudo aponta que preservação de florestas conserva potencial energético de hidrelétricas
Pesquisa feita por Ipam adverte que aumento no desmatamento pode fazer com que Belo Monte perca 30% do seu potencial
Da Agência CanalEnergia, Meio Ambiente
14/05/2013

A intensidade do desmatamento da floresta amazônica é diretamente proporcional ao potencial das usinas hidrelétricas da região. A afirmação é de estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia - Programa Internacional. O estudo quantificou o impacto da cobertura florestal regional sobre a produção de energia elétrica, em especial a da UHE Belo Monte (PA - 11.233 MW). Os resultados do estudo mostram que as florestas tropicais tem uma importância maior do que se imaginava no processo de formação de chuvas que dão força aos fluxos dos rios. A pesquisa aponta que caso o desmatamento continue aumentando na Amazônia, a projeção de geração de Belo Monte vai diminuir em 30%.

De acordo com Claudia Stickler, autora principal do estudo, os esforços feitos para reduzir o desmatamento na Amazônia estão ajudando a garantir o potencial energético, mas esses esforços devem continuar com a preservação regional. Para o climatologista Marcos Costa, outro autor do estudo, os resultados do estudo são importantes para a elaboração do planejamento energético no longo prazo. Ele ressalta que quanto mais florestas ficarem em pé, haverá mais água nos rios, o que traz mais energia elétrica passível de ser gerada.

Os pesquisadores montaram vários cenários com a produção de energia em diferentes níveis de desmatamento na bacia do rio Amazonas e os cenários com mais florestas eram os que mais produziam energia. Com os níveis atuais de desmatamento, os resultados mostram que a precipitação é de 6 a 7% menor que se houvesse uma cobertura florestal total. E com a perda de 40% de florestas tropicais antecipada por alguns prognósticos até 2050, a precipitação seria entre 11 e 15% mais baixa, resultando assim em 35 a 40% menos energia. Os resultados do estudo poderão servir de base para regiões além da Amazônias, como a África e o sudeste da Ásia. Países como Peru, Colômbia, Congo, Vietnã e Malásia.

Ainda segundo Cláudia Stickler, é necessário que quem planeja a energia leve em consideração o aspecto da cobertura florestal ao calcular o potencial de fornecimento de energia do projeto. Mas ela averte que os projetistas de usinas não costuma levar em consideração os desmatamentos futuros e quando isso é feito, eles projetam que o desmatamento vai aumentar a quantidade de água que flui para as represas, quando os estudos mostraram que acontece justamente o contrário.

Os autores do estudo pedem mais atenção aos custos de energia associados a derrubada de florestas para fins de desenvolvimento, como para a construção de estradas e fazendas. Eles querem que em contrapartida a essas ações sejam feitos programas de apoio a redução do desmatamento com agricultores e pecuaristas.

Para ver a íntegra: http://www.pnas.org/content/early/2013/05/09/1215331110.abstract

terça-feira, 14 de maio de 2013

Energia

Jornal da Energia, 14/05/13
Lucro líquido da Light cai 43,8% no primeiro trimestre
Perdas não técnicas caíram 0,5 ponto percentual na comparação entre os mesmos períodos de 2012 e 2013
Por Maria Domingues

A Light registrou lucro líquido de R$79 milhões no terceiro trimestre de 2013, queda de 43,8% ante os R$140 milhões reportados no mesmo período do ano passado. A receita líquida aumentou 6,9% na comparação entre os trimestres, de R$1,761 bilhão para R$1,883 bilhão. A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (ebitda) foi de 355 milhões, o que significa uma retração de R$355 milhões ante o mesmo trimestre de 2012, que foi de R$433 milhões.

Segundo a empresa, as perdas não técnicas dos últimos 12 meses foram de 44,9% calculadas sobre o mercado faturado de baixa tensão (de acordo com o critério da Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel), representando uma redução de 0,5 ponto percentual (pp) em relação a dezembro de 2012. A Light explica que ainda incide sobre esse índice o impacto negativo neste decorrente do encerramento contratual dos clientes inadimplentes de longa data.

A companhia informou que o custo médio de compra de energia aumentou 22,1% na comparação entre os mesmos trimestres de 2012 e 2013, de R$111,3/MWh para R$136/MWh. A capacidade instalada de geração subiu 8,7%, de 866MW para 942MW, enquanto a garantia física expandiu 6,8%, de 643MW para 687MW.

O consumo total de energia na área de concessão da Light SESA (clientes cativos e transporte de clientes livres) no primeiro trimestre de 2013 foi de 6.407 GWh, um aumento de 3,7% em relação ao mesmo período de 2012, influenciado principalmente pelo aumento do consumo nos segmentos comercial e residencial. O resultado do trimestre seria um crescimento de 5,3% em relação ao 1T12, caso não houvesse a exclusão dos clientes inadimplentes de longa data do cadastro da Light, conforme resolução Aneel 414/2010.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Energia

Canal Energia
Remuneração baixa tira interesse de investimentos em transmissão
Receita máxima estabelecida pela Aneel deverá ser mantida este ano mas agência ainda vai analisar os fatos que levaram a 40% de lotes sem lance
Mauricio Godoi, da Agência CanalEnergia, de São Paulo, Planejamento e Expansão
10/05/2013

A taxa de retorno e o baixo nível de remuneração foi o principal problema do leilão de transmissão realizado nesta sexta-feira, 10 de maio, pela Agência Nacional de Energia Elétrica. Dos 10 lotes que foram ofertados apenas seis foram concedidos, sendo que três tiveram apenas um interessado o que levou a um deságio médio de apenas 11,96%, um dos mais reduzidos nos últimos anos. Dos mais de cinco mil quilômetros ofertados, 916 km mais 3 subestações ficaram sem concessionários.

De acordo com a avaliação de Humberto Gargulo, da Upside, a taxa interna de retorno estava muito abaixo do que se imaginava como adequada para esses tipos de projetos tanto que ele, após o leilão, questionou o retorno adotado pela espanhola Abengoa para conseguir arrematar três dos seis lotes que foram concedidos. A Upside lembrou que até as empresas do Grupo Eletobras não apresentaram lances competitivos para os lotes que tiveram concorrência o A e o B.

Ele lembrou que nas contas dos investidores há a percepção de que a taxa livre de risco - representada pelo equivalente à remuneração do titulo de tesouro nacional - que está em cerca de 4,25%. Esse indicador fica quase no mesmo patamar com custo médio ponderado de capital (WACC, a sigla em inglês) de 5%, estimado pelo diretor da Aneel, Julião Coelho, para o certame. Porém, segundo um executivo próximo ao segmento de transmissão, na realidade a taxa de remuneração era de 4,6% o que permitia pouca manobra nos valores.

Essa mesma fonte contou à Agência CanalEnergia que o cenário visto hoje é o reflexo do cenário da baixa taxa de remuneração, empresas descapitalizadas e os maiores riscos de investimento com questões fundiárias. A combinação desses fatores foram desestimulados ante o retorno oferecido. Contudo, descartou qualquer relação com o sentimento de insegurança jurídica que as medidas recentes do governo trouxeram ao setor elétrico.

"A coisa hoje está feia, a RAP está muito apertada para os empreendimentos que foram colocados nos leilões e por isso que não estamos vendo interesse dos investidores", disse a fonte. O sentimento após a disputa realizada na sede da BM&FBovespa era esse mesmo, outra fonte comentou rapidamente que não valia a pena arrematar os lotes de qualquer jeito em uma mostra clara de que as receitas anuais máximas permitidas realmente desagradaram os investidores.

De acordo com o diretor da Aneel, Julião Coelho, esses lotes que não apresentaram lances serão alvo de novos estudos para verificar a causa de terem ficado sem lances e disse que a partir dessa análise a agência vai direcionar a uma solução. Entre as possibilidades estão a revisão da RAP, a alteração da configuração dos lotes para agregar ativos de maior escala, ou ainda, aumentar o prazo para a construção dos empreendimentos nos próximos leilões. Os lotes variavam entre 22 meses e 36 meses a partir da assinatura do contrato de concessão.

"O modelo é seguro e prova disso é que temos investimentos garantidos", afirmou o diretor da Aneel a jornalistas em coletiva após o leilão. "Lotes que dão vazio não são novidade, já aconteceu", minimizou ele apesar de não poder precisar porque as estatais, sempre presentes nas disputas em anos passados não apresentaram lances.

Julião Coelho refutou a ideia de que a metodologia para o cálculo da RAP, alvo das críticas de investidores, possa ser alterada em função desse resultado. Ele explicou que os valores são obtidos por meio de uma forma analisada pela agência reguladora anualmente e que passa por audiência pública. "Não dá para mudar por livre vontade tem base técnica para o resultado. A tendência é de manter a metodologia", comentou.

Pelo lado dos investidores apenas a Neoenergia e a Isolux, que arremataram os lotes G e H, respectivamente falaram sobre o leilão. Para ambas os ativos fazem parte da estratégia de presença na região onde os empreendimentos estão localizados. O da Neoenergia nos estados da PB e RN e da Isolux no PA e TO. A maior vencedora, também espanhola Abengoa se recusou a comentar os resultados.

O Superientnendente de Licitação de Concessões de Transmissão daAneel, Ivo Nazareno, explicou que os problemas apresentados pelos lotes que deram vazio serão analisados e precificados, mas que ainda é cedo para apontar o que deverá ser feito. Dependendo dessa análise, os lotes poderão voltar à disputa ainda este ano.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Jornal da Energia

Governo diz que só negocia após desocupação de Belo Monte
Em nota, Secretaria-Geral da Presidência da República afirmou que reivindicação dos indígenas causa estranheza e os acusa de ligação com garimpo ilegal
Por Maria Domingues, com informações da Agência Brasil

A Secretaria-Geral da Presidência da República afirmou que só aceita negociar sobre a pauta de reivindicação dos indígenas após a desocupação de um dos canteiros de obras da UHE Belo Monte (11.233 MW), no Pará (PA). Desde a última quinta-feira (07/05), grupo formado por cerca de 60 índios de oito etnias invadiu o Sítio Belo Monte, onde trabalham 4 mil, e obstruem a continuidade dos trabalhos.

Desde a última quinta-feira (02/05), o grupo formado por indígena dos povos Mundukuru, Araras, Juruna, Kaiapó, Xipaya, Kuruaia, Assurini e Paranaká estão no local. Eles reivindicam a regulamentação da consulta prévia e a suspensão imediata de todas as obras e estudos relacionados às barragens nos rios Xingu, Tapajós e Teles Pires. Os manifestantes afirmam que só aceitam negociar com um representante do Governo Federal e no local das obras.

Em nota publicada em seu site na noite desta segunda-feira, a Secretaria-Geral da Presidência da República afirma que a reivindicação dos indígenas "causa estranheza" e que as condições apresentadas pelas lideranças são "insinceras" e "inaceitáveis". O órgão afirma que os índios Munduruku, que vivem na região do rio Tapajós, onde o governo tem planos de construir cinco hidrelétricas, não querem a construção dos empreendimentos na região porque estariam envolvidos com o garimpo ilegal de ouro. "Um dos principais porta-vozes dos invasores em Belo Monte é proprietário de seis balsas de garimpo ilegal", diz a nota.

"Só após a retirada dos invasores dos canteiros de Belo Monte iniciaremos um diálogo para estabelecer condições mútuas de negociação, com o acompanhamento do Ministério Público, da imprensa e da sociedade", ressalta a nota.

O Jornal da Energia tentou contato com representantes dos índios Munduruku, mas eles não foram localizados até o fechamento desta matéria. Em vídeo publicado nesta terça-feira no portal de vídeos youtube, o índio Cândido Munduruku, presidente da associação indígena Pusuru, afirmou que a ocupação continuará e voltou a pedir a presença de um representante do governo. Os índios cobram, principalmente, a presença do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho.

Jornalistas

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Pará divulgaram nesta terça-feira (07/05), uma nota conjunta repudiando a decisão judicial que, na prática, impede que assessores, repórteres e correspondentes internacionais entrem em um dos canteiros de obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará, para acompanhar de perto a ocupação do local, que entrou hoje no sexto dia.

Para as entidades, a decisão da juíza estadual Cristina Sandoval Collyer, da comarca de Altamira (PA), “condena quem se dispõe a prestar o serviço da denúncia de diversos problemas vividos pela população daquela região à sociedade paraense e brasileira”.

Na última sexta-feira (3), a juíza acatou parcialmente o pedido de reintegração de posse do Canteiro Belo Monte, feito pelo Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), responsável pela construção da usina.

Como a maior parte do grupo é formada por índios, a juíza estadual disse não ter competência para determinar a desocupação total da área, pedido que o consórcio devia apresentar à Justiça Federal. A magistrada, no entanto, concedeu a reintegração de posse contra os não índios que estivessem ocupando o local. Com isso, o fotógrafo da Reuters Lunaé Parracho; o correspondente da Rádio França Internacional (RFI) no Brasil, François Cardona e o jornalista e assessor do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Ruy Sposati, foram retirados do canteiro de obras por um oficial de Justiça auxiliado por policiais

Único não-índio a ser citado nominalmente na decisão, Sposati ainda foi multado em R$ 1 mil. Segundo a juíza, ele contrariou uma sentença judicial de outubro de 2011, que o proibia de, junto com outras pessoas, voltarem a ingressar no empreendimento.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Jornal da Energia

Angra 1 tem novo desligamento
Usina ficou desconectada do SIN por mais de 7 horas
Da redação

A usina nuclear Angra 1 foi desligada automaticamente do Sistema Interligado Nacional (SIN), na manhã da última segunda-feira (06/05), em função da atuação da proteção de um transformador auxiliar, externo à usina. A atuação foi provocada pela presença de umidade em uma das caixas terminais elétricas desse sistema de proteção.

Segundo a Eletronuclear, a caixa terminal foi trocada, e Angra 1 foi religada às 14h59 do mesmo dia. No início da tarde desta terça-feira, (07/05), de acordo com os dados operacionais disponibilizados pela empresa em seu portal, a produção da usina indicava 600MW, de uma capacidade total de 640MW.

Esse foi o terceiro desligamento imprevisto de Angra e o perigo de o fato se repetir já preocupa a Eletronuclear. O último, em 18 de abril, foi provocado pelo desarme, automático causado por um problema eletrônico no sistema de instrumentação e controle da usina.

Angra 2

A usina foi desconectada do SIN no dia 4 de maio para reabastecimento de combustível, conforme parada progamada. A perspectiva é de que Angra 2 volte a gerar energia em cerca de 30 dias.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Energia

Canal Energia
Indígenas continuam ocupação do canteiro de Belo Monte
Grupo reivindica consulta prévia e suspensão de obras e estudos relacionados às barragens nos rios Xingu, Tapajós e Teles Pires
Pedro Aurélio Teixeira, da Agência Brasil , Meio Ambiente
06/05/2013

Um dos canteiros de obras da usina de Belo Monte (PA- 11.233 MW) continua ocupado por indígenas nesta segunda-feira, 6 de maio. Na última quinta-feira, 2 de maio, um grupo de várias etnias indígenas invadiu o canteiro do sítio Belo Monte. De acordo com informações do Consórcio Construtor de Belo Monte, os outros canteiros seguem funcionando normalmente. Os invasores reivindicam a regulamentação da consulta prévia e a suspensão imediata de todas as obras e estudos relacionados às barragens nos rios Xingu, Tapajós e Teles Pires.

Ainda segundo o consórcio, no fim de semana houve a visita de um representante do governo federal ao canteiro da usina, mas as negociações para a retirada dos índios não avançaram. Os invasores teriam prometido uma lista de reivindicações, que não chegou a ser enviada. A Força Nacional de Segurança está presente no canteiro desde a última sexta-feira, 3 de maio, para preservar o patrimônio da obra e a integridade física dos cerca de 4 mil trabalhadores alojados no canteiro. O manifestantes não indígenas foram retirados do local.

Com informações da Agência Brasil.